Produtos

Bagaço de Soja

O Bagaço de Soja é uma das principais matérias-primas utilizadas na alimentação humana e animal, principalmente como suplemento de proteína mas também como fonte de energia metabolizável. É obtido através do processo industrial de extracção do Grão de Soja, que separa a fase líquida (Óleo de Soja) da fase sólida (Bagaço de Soja). Durante o processo de extracção o Bagaço de Soja é aquecido para desnaturar os compostos antinutricionais, e assim posteriormente, facilitar a digestão animal. Tipicamente o conteúdo de proteína varia entre 43-44%, mas pode ser elevado para 47-48%.

Soja Integral Tostada (Full Fat)

A Soja Integral Tostada é produzida directamente a partir de uma trituração e extrusão do Grão de Soja. Difere do Bagaço de Soja pois contém todos os componentes do Grão de Soja, nomeadamente o Óleo de Soja, daí a designação Full Fat. É utilizado na alimentação animal, principalmente como suplemento de proteína mas em quantidades muito inferiores às do Bagaço de Soja. No processo de produção da Soja Integral há também uma fase de aquecimento para desnaturar os compostos antinutricionais, para que a digestão animal seja facilitada.

Bagaço de Colza

O Bagaço de Colza, à semelhança do Bagaço de Soja, é um produto que resulta do processo de extracção do óleo existente, neste caso, na semente de Colza. É um produto rico em proteína e é amplamente usado para alimentação animal. Comercialmente em relação ao Bagaço de Soja é mais económico porque o conteúdo de proteína varia entre 32-34%.

Bagaço de Camelina

O Bagaço de Camelina, de cor amarelo-dourado, é um coproduto da extracção do Óleo de Camelina, a partir de semente de Camelina (Camelina Sativa). Rico em proteína (variando entre 30% – 35%), tem um perfil de aminoácidos que o torna apto para a produção de rações destinadas a vários tipos de animais. O seu valor económico é muito similar ao do Bagaço de Colza, tornando-o também, desde logo, concorrente do Bagaço de Soja (na sua relação preço/unidade de proteína). Segundo estudos recentes, a utilização de Bagaço de Camelina nas dietas de ruminantes é ambientalmente muito benéfico dado que reduz o metano ruminal (tornando desse modo a produção de ruminantes mais ambientalmente sustentável).

Bagaço de Girassol

O Bagaço de Girassol é um coproduto da extracção do óleo a partir das sementes de girassol e é um dos coprodutos de oleaginosas mais importantes a seguir aos bagaços de soja e de colza. O seu conteúdo em nutrientes (em especial no teor de proteína e fibra) varia com o método de processamento usado para a extracção do óleo (apenas por pressão ou por pressão e solvente) e se a semente de girassol sofre ou não descasque no processo (sem descasque a sua proteína estará pelos 28%, enquanto que se for descascado poderá alcançar os 42%). A sua procura é elevada nas preparações de alimentos compostos para gado, vacas leiteiras e aquacultura. É um produto economicamente muito interessante para a indústria de alimentos compostos para animais, dado o seu preço comparativamente mais baixo que outros coprodutos de oleaginosas.

A Iberol transaciona no mercado ibérico diversos tipos de cereais: milho, trigo, fava, sorgo, cevada, aveia, luzerna, sêmea trigo, melaço, dreches escuros, glúten de milho, bagaço palmiste, bagaço de girassol e polpa de citrinos.

Óleo de Soja Desgomado

A extracção do Óleo de Soja é conseguida através de um processo industrial, igual ao do Bagaço de Soja. Este começa através de um processo de preparação do grão para aumentar a área específica do sólido e de uma extrusão para minimização do volume da corrente processual, seguindo-se uma extracção sólido/líquido com solvente. Depois da extracção é necessária uma fase de recuperação do solvente e clarificação onde são retiradas as impurezas e sujidades, por lavagem e separação física dos fosfatídeos hidratáveis. O Óleo de Soja é uma excelente fonte de energia para monogástricos, como suínos e aves que necessitam consumo de energia. Também é amplamente empregado para compor rações de outras espécies animais, nas quais se deseja aumentar a concentração energética das dietas. O Óleo de Soja é amplamente usado para alimentação humana (óleos de fritura) ou para produção de bioenergia (biodiesel) através de processos industriais específicos.

Óleo de Soja Neutro

O óleo de Soja Neutro resulta do tratamento químico de Óleo de Soja Desgomado. O processo de desgomagem e neutralização tem como objectivo reduzir os níveis de acidez, tipicamente de 0,8-1,2% para níveis inferiores a 0,1%. As aplicações incluem a alimentação humana (sendo que após esta fase terá que ser tratado para o efeito e muitas vezes em misturas com óleo de Girassol) ou para produção de biodiesel (também existem várias opções de produção, ver definição de biodiesel).

Óleo de Colza Desgomado

A extracção do Óleo de Colza é conseguida através de um processo industrial, num primeiro passo através de um processo de prensagem mecânica, seguindo-se uma extracção sólido/líquido com solvente. Depois da extracção mecânica é necessária apenas uma fase de clarificação onde são retiradas as impurezas e sujidades por decantação e centrifugação, mas na extracção química, é necessário a clarificação onde são retiradas as impurezas e sujidades, por lavagem e separação física dos fosfatídeos hidratáveis. O óleo de colza desgomado não tem aplicação directa para efeitos alimentares e é, maioritariamente, empregue na produção de bioenergia (biodiesel) através de processos industriais específicos, pelas suas excelentes propriedades de frio, comparativamente ao Óleo de Soja e ao Óleo de Palma. A sua aplicação em óleos de fritura na alimentação humana é muito reduzida, face ao Óleo de Soja e de Girassol ou até ao Óleo de Palma.

Óleo de Colza Neutro

O óleo de Colza Neutro resulta do tratamento químico de Óleo de Colza Desgomado. À semelhança do Óleo de Soja, o processo de desgomagem e neutralização tem como objectivo reduzir os níveis de acidez, tipicamente de 0,6-0,9% para níveis inferiores a 0,1%. Neste caso as aplicações para alimentação humana são muito limitadas pelas suas características químicas, pelo que a maioria do Óleo Neutro é dirigido para produção de Biodiesel,comnustível mais amigo do ambiente, e uma alternativa ao gasóleo de origem fóssil.

Óleo de Camelina

O Óleo de Camelina é o óleo extraído (por prensagem seguida de extracção sólido/líquida com solvente) a partir da semente de Camelina (Camelina Sativa), oleaginosa da família das Brassicaceae (como a colza) e que é cultivada desde tempos imemoriais (é nativa do Norte da Europa e da Ásia Central, mas actualmente é cultivada um pouco por todo o Mundo)). O óleo de camelina tanto pode ser usado para fins técnicos (como, por exemplo, a produção de biodiesel – excelentes propriedades de frio), como para consumo humano. Neste particular, é um óleo largamente insaturado (>90%), com alta estabilidade oxidativa, com alto teor de ómega-3 (aproximadamente 39% de ácidos gordos, com 38% de ácido alfa-linolénico) e ómega-6 (com aproximadamente 18% de ácidos gordos, com 17% de ácido linolénico), bem como de vitamina E. Os níveis de ácido erúcico no óleo de camelina estão abaixo do nível máximo (5%) de ácido erúcico permitido nos óleos alimentares, óleos para salada e margarinas.

Óleo de Girassol

O Óleo de Girassol é o óleo extraído (por prensagem seguida de extracção sólido/líquida com solvente) a partir da semente de Girassol (Helianthus annuus). O óleo de girassol depois de extraído e desolventizado deve ser processado para criar um produto comestível. Esse processamento consiste na sua refinação (para desenvolver, entre outros, o sabor, o odor e a cor), usando processos que degomam, neutralizam, branqueam e desodorizam o óleo. Estes processos de refinação do óleo eliminam contaminantes tais como fosfatídeos, ácidos gordos livres, e pró-oxidantes. O óleo de girassol é um dos óleos mais importantes utilizados como fonte de alimento (devido ao seu sabor suave), para fritura (dado o seu elevado ponto de fumo), e para cosmética. Pode também ser utilizado para fins técnicos, por exemplo na produção de biodiesel. É um óleo com baixo teor de gordura saturada e alto teor em ácidos gordos mono e polinsaturados.

Biodiesel

O Biodiesel é uma energia renovável destinada à combustão, em motores a diesel, e que foi desenvolvido com o objectivo de melhorar a independência energética dos combustíveis fósseis, gerando emprego e contribuindo para uma redução das emissões de gases de efeito de estufa. É produzido através de misturas de várias matérias-primas, como Óleo de Colza, Soja, Palma, incluindo a reciclagem de óleos de cozinha usados e gorduras animais. Actualmente é o combustível alternativo mais utilizado não havendo, até à data, outras opções com escala industrial e comercial. Relativamente à qualidade do combustível, o Biodiesel responde às maiores exigências técnicas e garantias dos fabricantes de automóveis, pode ser usado nos motores a diesel sem modificação e, em Portugal, é vendido em misturas com o gasóleo mineral (fóssil) que podem chegar a 7%, sendo que, noutros países, como os Estados Unidos, podem chegar a ter 20% de incorporação.

Este produto e os sub-produtos resultantes do seu fabrico, nomeadamente ácidos gordos e glicerina, são atualmente produzidos e comercializados pela Biovegetal, uma empresa do Grupo. www.biovegetal.pt

Serviços

Faz parte da Iberol, o TPA – Terminal Portuário de Alhandra, que têm 250 m de comprimento de cais acostável, e cuja concessão foi adjudicada por concurso público promovido pela Administração do Porto de Lisboa, onde se incluem duas unidades Silares verticais, automatizadas com capacidade de armazenagem na ordem das 20.000 toneladas métricas cada para agriprodutos. Estes cais permitem a recepção de embarcações dedicadas ao transporte fluvial, e com condições logísticas de acessos rodoviários e ferroviários.

O terminal está licenciado como entreposto aduaneiro Tipo A, permitindo que, com a capacidade instalada quer de meios humanos, quer de equipamentos e de armazenagem, seja utilizado como centro de armazenagem logística das mercadorias destinadas à unidade industrial, permitindo o escoamento dos produtos transformados nessa unidade directamente aos principais eixos rodoviários nacional e internacional.

O TPA fica localizado no Porto de Lisboa, na margem norte do rio Tejo, possuindo três linhas de caminho de ferro no seu interior com ligações aos principais eixos ferroviários do país através de uma passagem desnivelada, que permite a movimentação de máquinas e circulação sem restrições.

Dispõe ainda de um entreposto fiscal nas instalações da OZ Energia, na Trafaria, com uma tancagem instalada de aproximadamente 5.000 m3, as quais utiliza para abastecimento de navios tanques de transporte de biocombustíveis.

A Iberol está assim dotada de soluções logísticas integradas de elevado valor acrescentado, nomeadamente as que exigem armazenagens especificas, com especialização no sector Agroalimentar, quer destinados à alimentação humana (food), quer à alimentação animal (feed), cumprindo integralmente com todos os requisitos ao nível da Segurança e especificidades do sector (HACCP).

O Laboratório da Iberol tem como principal finalidade o apoio às atividades da empresa.

O seu enquadramento na estrutura organizativa da Iberol garante total independência hierárquica e funcional face aos Setores de Produção e Comercialização, permitindo isenção e imparcialidade nos serviços prestados quer nas solicitações internas quer para clientes externos.

A adequabilidade dos seus recursos técnicos para as mais diversas metodologias e a qualificação dos seus recursos humanos, permitem a realização de análises e ensaios sobre vários tipos de produtos nomeadamente oleaginosas e derivados, óleos e gorduras de origem vegetal e animal, biodiesel e glicerina.

A participação regular em ensaios de aptidão contribui para a avaliação da qualidade dos seus resultados e a melhoria contínua do seu desempenho.